quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Culinária Brasileira

A culinária do Brasil é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, e de outros povos, indígenas e africanos. Muitas das técnicas de preparo e ingredientes são de origem indígena, tendo sofrido adaptações por parte dos escravos e dos portugueses. Esses faziam adaptações dos seus pratos típicos substituindo os ingredientes que faltassem por correspondentes locais. A feijoada, prato típico do país, é um exemplo disso.Os escravos trazidos ao Brasil desde fins do século XVI, somaram à culinária nacional elementos como o azeite-de-dendê e o cuscuz. As levas de imigrantes recebidas pelo país entre os séculos XIX e XX, vindos em grande número da Europa, trouxeram algumas novidades ao cardápio nacional e concomitantemente fortaleceu o consumo de diversos ingredientes.
A alimentação diária, feita em três refeições, envolve o consumo de café-com-leite, pão, frutas, bolos e doces, no café da manhã, feijão com arroz no almoço, refeição básica do brasileiro, aos quais são somados, por vezes, o macarrão, a carne, a salada e a batata e, no jantar, sopas e também as várias comidas regionais.
As bebidas destiladas foram trazidas pelos portugueses ou, como a cachaça, fabricadas na terra. O vinho é também muito consumido, por vezes somado à água e açúcar, na conhecida sangria. A cerveja por sua vez começou a ser consumida em fins do século XVIII e é hoje uma das bebidas alcoólicas mais comuns.

No período colonial os portugueses assimilaram os ingredientes dos nativos da África, Ásia e América para sobreviver em terras estranhas, mas também por curiosidade. No Brasil a produção interna de alimentos era limitada, pois a economia estava toda voltada para a exportação.
A culinária colonial constituinte das bases culinárias do país pode ser dividida em quatro correntes: a do litoral açucareiro; a do norte; a dos Bandeirantes que partiam de Vila de São Paulo do Piratininga; e a quarta, da pecuária.
No norte, os habitantes dependiam mais dos conhecimentos indígenas para sobreviver e para a coleta das drogas do sertão e, por isso, sua alimentação incluía pratos e ingredientes como a carne de peixes como o pirarucu, a carne de jacarés, tartarugas — além de seus ovos — e do peixe-boi do qual se fazia também a manteiga, e frutas.
Como o terreno próximo a Vila de São Paulo do Piratininga era inadequado ao cultivo da cana de açúcar, a economia voltou-se para o interior, para a procura de ouro, pedras preciosas e apresamento dos indígenas e, por isso, puderam desenvolver-se lavouras de subsistência. O sistema de plantação dos tupis — aonde se cultivam pequenas áreas estratégicas — foi aproveitado pelos viajantes: plantava-se uma área para que houvesse alimento na viagem de volta. A própria história influenciou a culinária de cada região.

Alimentação Diária

Café da Manhã
Durante o período colonial, o passado da maior parte da população não era muito variado e incluía a farinha de mandioca, feijões e carnes-secas. O feijão-preto é de origem sul-americana apesar de outras espécies já serem conhecidas na Europa como o feijão-fradinho, a de consumo mais comum em Portugal. O feijão era plantação tipicamente doméstica e sua plantação e colheita estavam a cargo das mulheres, pois os homens ocupavam-se de outras plantações e do gado. Ao lado da mandioca na forma de farinha, era, como é até hoje, elemento principal da alimentação diária, espalhando-se pelo território nacional acompanhando as migrações populacionais, para o interior do Nordeste com a pecuária, para o Centro-Oeste e Sudeste com o ouro e para o Sul, devido a questões fronteiriças nos séculos XVIII e XIX. A dos escravos era composta basicamente de mandioca e milho cozidos ou na forma de farinha, feijões, bananas e laranjas e outras tubérculos. Apenas nos dias festivos havia grande abundância e diversidade de pratos à mesa.
Sem serem consideradas alimentos, as frutas faziam parte do cardápio nacional de diversas formas: ao natural, na forma de doces e na de bebidas, alcoólicas ou não, embora o hábito de beber suco seja trazido pelos portugueses, franceses e holandeses. Muitas frutas foram trazidas pelos portugueses como a jaca, a manga e o jambo no século XVIII e algumas brasileiras levadas para outras colônias. As frutas acompanham os pratos salgados, como a feijoada e as carnes, e preparados, influência indígena e africana na alimentação. Algumas frutas reservavam-se para a infância e muitas superstições envolviam o consumo de outras. Como o alimento não podia ser conservado por muito tempo ao ar livre, os colonos desenvolveram doces em compota e carnes secas e salgadas. Atualmente, no entanto, as frutas são consumidas em sobremesas, sorvetes e vitaminas.

Pratos Tipicos

No Brasil, as comidas regionais são muito variadas de Estado para Estado, justamente por sua grande extensão e sua colonização, o que dá uma variedade enorme de ingredientes e sabores.
Esta diversidade está diretamente ligada a origem da população que habita cada estado.
Por exemplo, a culinária da região de Salvador e Recôncavo baiano é amplamente influenciada pelos sabores africanos, mas também pelos portugueses e indígenas.
Os hábitos alimentares variam de região para região de acordo com a história, tanto que é normal desconhecerem-se os quitutes de outras regiões. Assim, no litoral do Nordeste há grande influência africana na culinária, com destaque para o acarajé, vatapá e molho de pimenta; no Norte há uma maior influência indígena, no uso da mandioca e de peixes; no Sudeste há pratos diversos como o feijão tropeiro e angu ligados aos bandeirantes , em Minas Gerais, e a pizza em São Paulo, influência dos imigrantes; e no Sul do país há forte influência da culinária italiana, em pratos como a polenta e também da culinária alemã. O churrasco é típico do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso.

Norte

Açaí
Os pratos do Norte do Brasil têm maior influência dos ingredientes indígenas. Pratos conhecidos incluem o picadinho de jacaré (prato feito com a carne do jacaré), o pirarucu de casaca, preparado com azeitonas, ovos e cheiro-verde, o tacacá, o açaí, o pato no tucupi, prato consumido geralmente na época do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, e a maniçoba.



Nordeste

Acarajé
A culinária nordestina é fortemente influenciada pela suas condições geográficas e econômicas ao longo da história, assim como pela antiga mistura das culturas portuguesa, indígena e africana, iniciada ainda no século XVI. As comidas quase sempre têm como ingredientes produtos vegetais, muitas vezes cultivados pelos índios desde muito antes da colonização portuguesa, carnes de gado bovino e caprino, peixes e frutos do mar, variando bastante de região para região, de acordo com suas características peculiares.
Pratos característicos da Região Nordeste incluem a tapioca, o vatapá, a moqueca (ambos com frutos do mar e azeite-de-dendê), o baião de dois (feito de arroz e feijão, com diversas variedades, geralmente incluindo também carne seca, queijo coalho, manteiga da terra ou nata), o acarajé (um bolinho de feijões brancos e cebola fritado no azeite de dendê recheado com camarões, pimenta vermelha, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como patrimônio imaterial em 2004), o mugunzá (feito de feijão e milho, sendo doce em algumas áreas e, em outras, salgado, com lingüiça), caruru (quiabo e castanhas de caju, camarões, pimenta e alho), iguaria de origem indígena adaptado pelos escravos nos engenhos e servido aos orixás e o sarapatel. Os pratos tem forte influência africana.
Outras comidas tradicionais são a farofa, a paçoca, a canjica, pamonha, a carne-de-sol, a rapadura, a buchada de bode, o queijo coalho, o siquilho, o alfinim, a panelada, a maria-isabel, o carneiro cozido e a galinha à cabidela. Um bolo originário de Pernambuco, mas que posteriormente espalhou-se pelo país é o bolo de rolo, feito com farinha de trigo e recheado . No Maranhão, desenvolveu-se o cuxá com base em uma erva africana, a vinagreira, recebe ainda o caruru e a língua-de-vaca, outra erva.
A influência africana se estende principalmente pela costa de Pernambuco à Bahia. No restante da costa e no interior, há menos influência da culinária africana. Na costa, são comuns os mariscos, e, em toda a região, as frutas tropicais. As mais conhecidas são as mangas, mamões, goiabas, laranjas, maracujás, abacaxis, fruta-do-conde, e cajus (a fruta e a castanha), mas são muito consumidas também frutas menos frequentes, como o cajá, a seriguela, a cajarana, a pitomba e o buriti. O pequi é também comum em algumas partes do Nordeste, como no sul do Ceará, e é usado em comidas regionais. Diversas variedades de doce são comumente produzidas a partir dessas frutas tropicais, assim como mousses e bolos.

Centro-Oeste

Maria Isabel
A culinária de Mato Grosso tem influências da culinária africana, portuguesa, italiana, síria e com a migração dos últimos anos também de pratos típicos de outras regiões brasileiras. Pratos considerados bem mato-grossenses são: Maria Isabel (carne seca com arroz ) o Pacu assado com farofa de couve, a carne seca com banana-da-terra verde, farofa de banana-da-terra madura além do tradicional churrasco pantaneiro que se desenvolveu pelas longas comitivas de gado no pantanal. O peixe em Mato Grosso é um alimento farto, considerado como o principal nas áreas ribeirinhas. Ele pode ser comido frito, assado ou ensopado, recheado com farinha de mandioca ou servido com pedaços de mandioca. Os peixes de mais prestígio nas mesas locais são: o Pacu, a piraputanga, o bagre, o dourado, a cachara, a geripoca, o pacupeva, o pintado, etc.
O povo mato-grossense também aprecia o arroz com pequi, picadinho de carne com quiabo e a carne assada. Há ainda o Guaraná de ralar usado principalmente pelos mais velhos, cujo costume é de tomar pela manhã. Para o café da manhã, vale ainda destacar o Bolo de Arroz e o Bolo de Queijo.
Podemos destacar a variedade de doces e licores apreciados pelos mato-grossenses. Temos como os mais famosos o Furrundu (doce feito de mamão e rapadura de cana), o doce de mangaba, o doce de goiaba, o doce de caju em calda, o doce de figo, o doce de abóbora, e outros. Como aperitivo temos o Licor de pequi, Licor de caju, Licor de mangaba, e outros.
O pequi é um fruto muito popular na culinária do estado de Goiás, comido geralmente com o arroz ou frango cozido. O Milho tem uma presença forte na culinária goiana. Colhido ainda verde, seus grãos podem ser cozidos na espiga e ingeridos desta forma, ou cortados e refogados. O milho verde é também o ingrediente principal de diversos pratos, como a Pamonha, o Angu e o Cural. Outro prato tradicional de Goiás é o Empadão Goiano, uma torta salgada sendo seu recheio composto de ingredientes variados e comuns da região, como o frango, a linguiça suína, o milho verde e outros. São muito apreciados os derivados da carne suína, como a linguiça, o torresmo, a pururuca e a feijoada. A culinária goiana teve e tem forte influência da culinária mineira, mas preserva sua identidade.
O estado de Mato Grosso do Sul, recebeu muita influência paraguiaia como a "sopa paraguaia", do nordeste, o uso da mandioca e da farinha torrada. Os pantaneiros tiveram grande influência na culunária também como a carne de caça (Tatu, Jacaré Anta). Também era muito apreciado o macarrão boiadeiro, uma espécie de sopa com pouco caldo.

Sudeste

Virado a Paulista
Em Minas Gerais, famosa pela denominada cozinha mineira, os pratos regionais incluem milho, carne de porco, queijo minas, o pão de queijo, o feijão tropeiro, angu, o tutu à mineira, elaborado a partir uma pasta de feijão cozido misturado a com farinha de mandioca, guarnecido com ovos cozidos ou fritos, e linguiça frita. Além das quitandas, que são biscoitos a base de polvilho, sequilhos, roscas, o famoso pão-de-queijo, e doces à base de laranja-da-terra, abóbora e mamão. Típico de Minas Gerais é a utilização das panelas feitas de pedra-sabão.
No estado de São Paulo uma comida típica é o virado à paulista, o qual é feito com arroz, tutu de feijão (massa de feijão com farinha de mandioca), couve-de-folhas salgada e pedaços de carne de porco. Na cidade de São Paulo é possível encontrar grande variedade de culinárias, da francesa à chinesa. A cidade de São Paulo é capital gastronômica de projeção internacional, pois lá existem pratos de diversas regiões do mundo. Os pratos tem principalmente forte influência libanesa, síria, italiana e japonesa.
O prato local principal no Espírito Santo é a moqueca capixaba (a qual inclui principalmente peixe e tomates), diferente do prato baiano apenas no preparo, pois o último receberia azeite-de-dendê e leite de coco. Além de outras comidas saborosas que o Espírito Santo oferece, elaboradas a partir de frutos do mar, que são leves, combinando com o estado, de paisagens leves e bonitas, como a Torta Capixaba, tradicionalmente servida na Semana Santa. Os pratos tem forte influência indígena, como o uso da banana-da-terra.
No Rio de Janeiro, uma das comidas típicas é a feijoada, preparada com vários tipos de carnes suínas e bovinas, salgadas e embutidos e o feijão preto. Há também o tradicional filé com fritas, um prato a base de batatas-fritas e grandes bifes de filé bovino grelhados, como o Filé à Osvaldo Aranha, acompanhado de farofa, arroz branco e alho frito. Na cidade do Rio de Janeiro e em outras cidades do estado, se encontram variados tipos de restaurantes, com cardápios nacionais e de influência internacional. No Rio de Janeiro se consomem peixes cozidos acompanhados de pirão, conhecido como Peixada à Brasileira, ou ensopado como a Sopa à Leão Veloso, peixes na brasa ou fritos, muito consumidos nas áreas de banhos de mar, e também frango ou galeto assado na brasa. Os pratos cariocas tem a forte influência africana, indígena e portuguesa. Popularmente é muito consumido o refresco a base de chá mate, servido gelado.
Feijoada: Ao contrário da já assentada concepção do surgimento do prato nas senzalas, feito a partir das sobras de carne da casa-grande a feijoada teria surgido no século XIX a partir da adaptação do cozido à portuguesa, prato que remonta ao Império Romano e encontra seus semelhantes na Itália, casouela, na França, cassoulet, e na Espanha, Puchero. Neste caso, os portugueses acrescentaram ao prato o feijão-preto, pois a mistura de carnes com legumes e feijão era um tabu alimentar para os colonos e, além disso, o rabo, as orelhas e os pés de porco não eram considerados restos e eram muito apreciados na Europa.

Sul

No Rio Grande do Sul já é tradicional o churrasco, ou seja, carne bovina ou ovina, dispostas em espetos, temperadas basicamente com sal grosso e grelhadas em churrasqueiras, a base de carvão ou lenha. No estado de Santa Catarina, o interior é de forte influência alemã, e no litoral a presença portuguesa, onde é grande a utilização de peixes marinhos, camarões, e ostras. A comida tradicional do estado do Paraná é o barreado, carne cozida com legumes em panelas de barro, por vezes colocadas debaixo da terra para cozinharem sob o calor de lenha ou carvão, e comida com farinha de mandioca. Os pratos são sempre carregados de muita carne bovina e de vinhos, por conta da grande imigração italiana, que tem forte influência nos pratos.

Culinária Japonesa

Sushi
Existem várias opiniões do que é fundamental à culinária japonesa. Muitos pensam no sushi ou nas refeições formais elegantemente estilizadas kaiseki que são originárias como parte da cerimônia do chá japonesa. Muitos japoneses pensam na comida do dia-a-dia, em especial nas existentes desde antes do final do Período Meiji (1868 - 1912), ou desde antes da Segunda Guerra Mundial.






Dia-a-Dia


A culinária tradicional japonesa é dominada pelo arroz branco (hakumai, 白米), e poucas refeições seriam completas sem ele. Qualquer outro prato servido durante uma refeição - peixe, carne, legumes, conservas - é considerado como um acompanhamento, conhecido como okazu. É utilizado um tipo de talher diferente, denominado hashi. Originário da China, consiste em dois pequenos bastões de madeira, plástico ou metal.
Gohan (arroz japonês)
As refeições tradicionais recebem seu nome de acordo com o número de acompanhamentos que vêm junto do arroz e da sopa. A refeição japonesa mais simples, por exemplo, consiste de ichijū-issai (一汁一菜; "uma sopa, um acompanhamento" ou "refeição de um prato"). Isto quer dizer que a refeição é composta de sopa, arroz e de algum acompanhamento — normalmente um legume em conserva. O pequeno-almoço ou café da manhã japonês tradicional, por exemplo, normalmente é constituído de misso shiru(sopa de pasta de soja), arroz e algum legume em conserva. A refeição mais comum, entretanto, é conhecida por ichijū-sansai (一汁三菜; "uma sopa, três acompanhamentos"), ou por sopa, arroz e três acompanhamentos, cada um empregando uma técnica de culinária diferente. Estes acompanhamentos normalmente são peixe cru (sashimi), um prato frito e um prato fermentado ou cozido no vapor — ainda que pratos fritos, empanados ou agri-doces podem substituir os pratos cozidos. O Ichijū-sansai normalmente se encerra com conservas como o umeboshi e chá verde.
Esta visão japonesa de uma refeição é refletida na organização dos livros de culinária japoneses. Os capítulos são sempre ordenados de acordo com os métodos culinários: alimentos fritos, alimentos cozidos e alimentos grelhados, por exemplo, e não de acordo com os ingredientes em particular (ex.: galinha ou carne) como são nos livros ocidentais. Também podem existir capítulos dedicados a sopas, sushi, arroz etc.
Como o Japão é uma nação insular, seu povo consome muitos frutos do mar, além de peixe e outros produtos marinhos (como algas). Mesmo não sendo conhecido como um país que come muita carne, poucos japoneses se consideram vegetarianos. Carne e galinha são comumente inseridos na culinária do cotidiano.
O macarrão, originado na China, também é uma parte essencial da culinária japonesa. Existem dois tipos tradicionais de macarrão, o soba e udon. Feito de farinha de centeio, o soba (蕎麦) é um macarrão fino e escuro. O udon (うどん), por sua vez, é feito de trigo branco, sendo mais grosso. Ambos são normalmente servidos com um caldo de peixe aromatizado com soja, junto de vários vegetais. Uma importação mais recente da China, datando do início do século XIX, vem o ramen (ラーメン; macarrão chinês), que se tornou extremamente popular. O Ramen é servido com uma variedade de tipos de sopa, indo desde os molhos de peixe até manteiga ou porco.
Ainda que muitos japoneses tenham desistido de se alimentarem de insetos, ainda existem exceções. Em algumas regiões, gafanhotos (inago) e larvas de abelha (hachinoko) não são pratos incomuns. Lagartos também são comidos em alguns lugares.



Arrumação tradicional de uma mesa japonesa

A arrumação tradicional da mesa japonesa tem variado consideravelmente nos últimos séculos, dependendo principalmente do tipo comum de mesa de uma dada era. Antes do século XIX, pequenas mesas individuais (hakozen, 箱膳) ou bandejas planas utilizadas no chão eram arrumadas antes de cada refeição. Mesas baixas maiores (chabudai, ちゃぶ台), que acomodavam famílias inteiras, começaram a se tornar mais populares no começo do século XX, mas este estilo deu lugar ao estilo ocidental de mesas e cadeiras de jantar, no final do século XX.
A arrumação tradicional da mesa é baseada no ichijū-sansai. Tipicamente, cinco bacias e pratos são colocados antes do jantar. Na ponta, são colocadas a bacia de arroz (à esquerda) e a de sopa (à direita). Atrás destas ficam três pratos planos que seguram os três acompanhamentos, um à extrema esquerda (onde pode se servir um prato fermentado), um a extrema direita (no qual pode se servir um prato assado) e um no centro (no qual pode se servir vegetais cozidos). Vegetais cortados também costumam ser servidos e comidos no final da refeição, mas não fazem parte dos três pratos de acompanhamento.
Hashis são normalmente colocados na frente da bandeja próxima da pessoa, com suas pontas apontadas para a esquerda e normalmente apoiadas em um suporte de hashi, ou hashioki (箸置き).

Pratos para Ocasiões Especiais


Mochi

Na tradição japonesa, alguns pratos estão fortemente ligados a uma comemoração ou evento. As principais combinações deste tipo incluem:
Mochi - Festival de Mochitsuki Okotania(passagem de ano)
Osechi - Ano Novo.
Hamo (um tipo de peixe) e somen - Festival de Gion.
Sekihan, arroz cozido com azuki - celebrações em geral.
Soba - Véspera do Ano Novo. Neste caso é chamado de toshi koshi soba (literalmente "soba da passagem de ano").


Restaurantes Japoneses do Bairro da Liberdade



Restaurante Narita

Rua Américo de Campos 126-128
Tel: (11) 3277-3431


Sushi Lika

Endereço: Rua dos Estudantes, 170


Sushi Yassu

Endereço: Rua Tomás Gonzaga, 98


Gombe

(11) 3209-8499
R. Tomás Gonzaga, 22




Roteiro Gastronomico - Bom Retiro

Kimchi(김치) Prato tradicional coreano)

Bairro de imigrantes, fundado no século XIX, faz tempo que o Bom Retiro deixou de ser bom para se tornar o melhor. Para quem procura por um lugar que reina cultura, lazer, gastronomia e moda, a parada obrigatória é a estação da Luz, no coração de São Paulo.
Atualmente, tornou-se o bairro coreano de São Paulo.



Gastronomia

A colonização desta região por imigrantes, deu ao bairro a possibilidade de oferecer aos seus visitantes um maravilhoso roteiro gastronômico que vai de pratos brasileirí ssimos, como a nossa velha feijoada, até pratos gregos, como o apreciadísimo Mussaka (espécie de lasanha de berinjela com recheio de carne moí da).
As culinárias gregas, judaicas, coreanas e é claro nacional, transformam o bairro em um exemplo de biodiversidade, é só conferir.

Seok Joung

Rua Correia de Melo, 135

Gui Go Re 

Rua Prates, 452, Bom Retiro 
São Paulo, SP, 01121-000
Telefone: (11) 229-0469 Fax: (11) 3311-7044

Mishirion 
Rua Correia de Melo, 162, Bom Retiro 
São Paulo, SP, 01123-020
Telefone: (11) 3311-9453 Fax: (11) 3311-9453



Acrópole

Rua da Graça, 364. Tel (11)3223-4386. De segunda a domingo, das 11: 30 às 23:30. Tradicionalíssimo em culinária grega há mais de 40 anos.


Bom Rá

Rua do Italianos, 198. Tel: (11) 3362-1842.De Segunda à  Sexta das 7:00 às 22:00 h, sábado das 7:00 às 16:00h. Os forte são as carnes grelhadas e a feijoada quartas e sábados.


Soshi Delishop

Rua Correia de Melo, 206. Tel: (11)3228-4774. De segunda a sexta das 8:30 às 16:30, aos sábados das 9:00  às 15:00. Resturante especializado em culinária judaica.


Monte Verdi

Rua Barra do Tibagi, 406. Tel: (11) 3331-0658. De terça a quinta, das 11:30 às 15:00 e das 18:00 à  0:00. Sextas e sábados das 11:30 às 15:00 e das 18:00 à 1:00. Aos domingos, das 11:30 às16:30 e das 18:30 à 0:00. Cantina e Pizzaria.


Bistrô da Sara

Rua da Graça, 32. Tel (11)3362-1725. Grelhados e pratos exóticos.


Bares


Retiro do Chopp

Rua Amazonas, 75. Tel: (11) 3227-9452. Para um happy hour com amigos ou feijoada às quartas e sàbados.


Cafés


Frans Café

Rua Prates, 300, Bom Retiro. Tel : (11) 3326 0808
Praça Julio Prestes, 29, Luz. Tel: (11) 3338-2141


Café Pinacoteca

Praça da Luz, 2. Tel: (11) 3326-1131. De terça a domingo das 10:00 às 18:00h.

Gastronomia Molecular: A ciência da culinária

Gastronomia Molecular ou Gastronomia Física (GM) é um termo que foi definido em 1988 pelo físico húngaro Nicholas Kurti e pelo químico francês Hervé This como uma tentativa de criar a base para uma nova disciplina científica dedicada ao estudo dos processos físicos e químicos que ocorrem durante o cozimento dos alimentos, tanto em nossos lares como nos restaurantes.

Segundo Hervé This, a Gastronomia Molecular ultrapassa o estudo dos mecanismos relacionados à transformação dos ingredientes, englobando os aspectos sociais, artísticos e técnicos da preparação e do consumo dos alimentos.

Hervé é um dos principais pesquisadores mundiais na área de Gastronomia Molecular e estará no Brasil no início de Outubro para dar palestras sobre o tema durante o Mega Evento Nutrição 2009, que ocorrerá no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Nesta apresentação serão discutidas as origens e objetivos desta jovem ciência e será mostrado como uma abordagem multidisciplinar pode nos auxiliar a entender melhor o fenômeno culinário.

Drinks Moleculares
Cozinha Molecular: a tecnologia culinária

No final dos anos 1990 o termo Gastronomia Molecular (GM) começou a ser utilizado por alguns chefes de Cozinha, definindo um novo estilo culinário, com base em pesquisas científicas, avanços na tecnologia de equipamentos e de ingredientes (principalmente hidrocolóides).

Entretanto, a Gastronomia Molecular foi originalmente definida como relacionada apenas à investigação científica dos processos físicos e químicos associados ao cozimento dos alimentos, ou seja à produção do conhecimento.

Contudo, a técnica culinária visa diretamente a produção de alimentos. Portanto, o termo correto é Cozinha Molecular - a nova tendência culinária que utiliza as novas ferramentas, ingredientes e métodos desenvolvidos através das pesquisas em Gastronomia Molecular.

Neste curso serão explicadas e demonstradas algumas das técnicas que tornaram tão popular a Cozinha Molecular.

Comédia "Sem Reservas" evidencia a Gastronomia

Cena do filme "Sem Reservas"
Por que a gastronomia tem fascinado tanto o cinema nos últimos tempos? Após "Ratatouille", chega a vez da comédia dramática "Sem Reservas" trilhar com sucesso essa tradição.

Um tom triste dá partida ao filme, que é remake de "Simplesmente Martha" (2001). Kate (Catherine Zeta-Jones) é uma chef durona, medíocre na vida pessoal. Quando sua irmã morre em um acidente, ela terá que cuidar da sobrinha (a ótima Abigail Breslin, a menina de "Pequena Miss Sunshine").

De imediato surge certo tom de auto-ajuda. Kate verá que o sucesso profissional não é tudo, e que precisará desenvolver sua afetividade. Daí vem o lado comédia romântica. Ela terá que trabalhar ao lado do exuberante subchef Nick (Aaron Eckhart), e irá odiá-lo de início.

"Sem Reservas" mistura com equilíbrio a comédia, o romance e o drama, e mostra por que o tema agrada ao público. A alta gastronomia está tão na moda hoje quanto a moda. É sinônimo de sofisticação, requinte, um mundo de prazeres físicos e sonhos que todos gostariam de fazer parte mesmo que por alguns instantes --não por acaso, o filme se passa naquela Nova York rica e refinada celebrizada por Woody Allen.

Origem da Gastronomia

A palavra gastronomia surgiu pela primeira vez no livro "Hedypatheia" (Tratado dos Prazeres) de Arkhestratus, um contemporâneo de Aristóteles. No livro, a palavra gastronomia significa uma junção de gaster (estômago) e nomos (regido por leis). Mas é um livro que ensina a preparar peixes.

Com o sentido que damos hoje, o inventor da palavra "gastronomie" foi Joseph Berchoux, um advogado francês. Em 1801, ele publicou o poema "Gastronomie ou l'homme des champs à table", contendo mais de mil versos com um "code de politesse gourmande".

Gastronomia: É a arte de cozinhar de modo que se dê o maior prazer a quem come
Gastrônomo: É o amante das boas iguarias (comida fina ou apetitosa)

Escrever sobre a gastronomia de um país grande como o Brasil é meio difícil pelas diferenças entre as regiões do país.

Desde o descobrimento do Brasil em 1500 até os dias de hoje, teve muitos povos que vindo para o Brasil trouxeram muito de suas crenças, culturas e hábitos, que de certa forma misturaram com a nossa cultura. Essa cultura onde a gastronomia faz parte. Desse modo cada imigrante que veio para o nosso país trouxe sua preferência alimentar.

A Europa teve sua participação na nossa cultura alimentar em varias cidades brasileiras. Portanto a gastronomia brasileira se deve a influência de vários povos.

Portugal teve a sua participação quando Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil numa de suas navegações eles trouxeram de regiões do Oriente, Índia, os condimentos (substancia aromática, que realça o sabor dos alimentos, tempero), e que começou a ser usado pelos índios, localizado na cidade de Porto Seguro na Bahia. Trouxeram também presunto, vinho, pão, açúcar e etc.. Como eles também encontraram aqui animais, plantas e peixes que não conheciam. Os portugueses trouxeram seus hábitos alimentares já com suas influencias com os orientais, a cultura negra, as escravas africanas trabalhavam na cozinha das fazendas, e um pouco da cultura indígena, sendo que permanecem até os dias de hoje.

A participação espanhola e portuguesa se confunde na sua semelhança, pois os dois paises tiveram influência dos árabes.

Mas foram os alemães os primeiros a vir fundar colônias no sul do país, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, e também no Espírito Santo. O alemão não trouxe só a influência, mas um reforço de certas espécies que foram utilizados pelos portugueses, como a cerveja e as carnes salgadas e defumadas. 

Os gregos e romanos já tinham todo cuidado de como preparar a alimentação. Os romanos eram mais criativos, pois eram mais valorizados.

Entre 1860 e 1890 desembarcaram 974 mil italianos no Brasil e também trouxeram um gosto especial pelas massas com farinha de trigo, com os molhos densos e condimentos. Ninguém conseguiu mudar a alimentação italiana que acabou participando e muito na gastronomia brasileira.

Toda culinária nacional é formada por cozinhas regionais. No Brasil as influências foram muitas. A partir delas apareceram adaptações e variações. Como a cozinha sertaneja, nordestina, caipira, tropeara, mineira, gaúcha, da fazenda e outras. Hoje se tem uma nova era de pesquisa devido à atenção sobre a origem dos pratos, aos ingredientes e a evolução das receitas.
Foi desde 1955 que iniciou o conceito de comer rápido e com as mãos.

A comida japonesa é admirada no mundo devido ela a priorizar a apresentação dos pratos, e na simplicidade de preparo dos alimentos, ela consegui combinar sabores e textura. Usa pouco tempero, e tudo deve ser feito na hora, e se usa só alimento resfriados e não congelados. A refeição japonesa é feita com tempo para se liberar emoção.

Não podemos esquecer que a revolução industrial nos trouxe avanços tecnológicos como: fogão a gás, a pasteurização, a refrigeração, e a luz elétrica. Com a luz elétrica os jantares começaram a ser servido mais tarde sendo assim criado na Inglaterra o chá das cinco, sendo mais uma refeição.

Alimentar nos dias de hoje não é só mais uma necessidade apenas física, mas é também uma forma prazerosa em se alimentar.

Nos dias de hoje a gastronomia esta estimulando o turismo, pois com o turismo a rede de hotéis aumentou, a assim aumentou também a mão de obra especializada.

A gastronomia é uma arte das mais antigas e sua principal matéria prima é os alimentos, pois é um ato que se utiliza todos os nossos sentidos. Ela esta cada vez mais apurada, pois o consumidor esta também cada vez mais exigente, tem o paladar mais apurado e querendo conhecer o sabor dos alimentos e seu visual mais aprimorado, tendo assim um prazer maior na arte de comer bem. E se gostar com certeza voltará.